Como os tributos impactam o consumo no e-commerce?
Mudanças na taxação de compras internacionais revelam como a carga tributária interfere no comportamento de consumidores e empresas
A forma como os consumidores compram pela internet está diretamente ligada à política tributária do país. Um bom exemplo disso é o caso da Shein e de outras empresas do varejo digital, que passaram a ter um papel central no debate sobre tributação de compras internacionais. Com o aumento da fiscalização e a adoção de novas regras, o comportamento do consumidor mudou — e as empresas também precisaram se adaptar.
Nos últimos anos, o crescimento do e-commerce globalizado, com destaque para plataformas asiáticas, gerou preocupações entre as autoridades fiscais brasileiras. Para garantir concorrência justa com o comércio nacional, o governo adotou medidas como o Programa Remessa Conforme, que impõe taxas e controles sobre encomendas internacionais de até US$ 50.
Tributação e mudança de hábitos
Com a entrada em vigor de novas normas, muitos consumidores passaram a reavaliar a frequência e o volume de compras internacionais. A cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), por exemplo, começou a ser percebida diretamente no valor final das encomendas, fazendo com que o público priorize compras mais planejadas e reduza gastos por impulso.
Essa mudança influencia não apenas o comportamento do consumidor, mas também a estratégia das empresas estrangeiras, que precisam considerar os custos tributários em suas operações logísticas e de precificação. Muitas passaram a buscar alternativas como parcerias com centros de distribuição locais e ofertas mais claras com tributos já embutidos no valor final.
O papel da transparência tributária
A transparência nos valores pagos, incluindo o detalhamento dos impostos, tem se tornado um diferencial competitivo. Consumidores estão mais atentos ao que estão pagando e exigem mais clareza nas transações. Iniciativas como a declaração antecipada de tributos ajudam a evitar surpresas na entrega e aumentam a confiança nas compras internacionais.
Para empresas como a Shein, esse cenário representa não apenas um desafio, mas também uma oportunidade de fidelizar o cliente com experiências de compra mais seguras, rápidas e sem sustos fiscais.
O futuro do e-commerce e os tributos
À medida que o comércio digital continua a crescer, o equilíbrio entre incentivar o consumo e manter uma arrecadação justa será essencial. As empresas precisam alinhar suas práticas aos novos marcos regulatórios e os consumidores, por sua vez, devem se manter informados para tomar decisões conscientes e financeiramente equilibradas.
Com informações do Correio Braziliense
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