MP que estende adesão ao Refis beneficia bancos e seguradoras
O Congresso tem até o dia 16 para aprovar a MP ou o texto perde a validade.
Os bancos, seguradoras e multinacionais brasileiras que aderirem ao novo parcelamento de impostos criado pelo Congresso conseguirão um importante benefício: poderão renegociar sem oferecer nenhum tipo de garantia de pagamento à Receita Federal.
A inclusão de três diferentes parcelamentos, além de regras para que parentes de taxistas, donos de quiosque e de bancas de jornal mortos recebam o direito de explorar o serviço, forçou o adiamento da votação da MP 615 para hoje. O Congresso tem até o dia 16 para aprovar a MP ou o texto perde a validade.
Os deputados acusaram o relator da proposta, senador Gim Argello (PTB-DF), de encher o texto de assuntos que não tinham relação com o projeto inicial do governo, que tratava de subsídios aos produtores de etanol e da regulação do mercado de meios de pagamento - como cartões de benefício e pagamentos por celular. O texto aumentou de 18 artigos para mais de 40.
O líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que parte dos itens foi inserido a pedido de governo.
A decisão de permitir que as empresas façam o parcelamento de suas dívidas sem oferecer garantias contraria a área técnica, que considera a exigência uma maneira de aumentar a aderência dos devedores ao programa de pagamentos.
O Refis da Crise, aprovado em 2009, também dispensou o depósito. Na redação feita agora, o governo poderia ter optado pela inclusão da regra. Mas o artigo diz que o parcelamento "independerá de apresentação de garantias".
A Receita Federal não divulga dados sobre o Refis da Crise. O último dado disponível, no entanto, mostra que o programa foi usado pelas empresas para regularizar temporariamente a situação fiscal, sem, no entanto, quitar as dívidas.
Em outubro de 2011, o subsecretário de Arrecadação da Receita disse que 365 mil contribuintes (63,3%) de um total de 577 mil que aderiram ao Refis da Crise já tinham abandonado o programa.
Os novos Refis incluídos na MP 615 a partir de negociação com o governo tratam de passivos tributários que são objetivo de disputas judiciais entre as empresas e o Fisco. O setor privado perdeu a discussão sobre a incidência do PIS e Cofins nas receitas financeiras e o Supremo Tribunal Federal ainda julga como deve ser a tributação do Imposto de Renda sobre coligadas e controladas por brasileiras no exterior.
Links Úteis
Indicadores diários
Compra | Venda | |
---|---|---|
Dólar Americano/Real Brasileiro | 5.4745 | 5.4845 |
Euro/Real Brasileiro | 6.42261 | 6.43915 |
Atualizado em: 27/06/2025 18:15 |
Indicadores de inflação
03/2025 | 04/2025 | 05/2025 | |
---|---|---|---|
IGP-DI | -0,50% | 0,30% | -0,85% |
IGP-M | -0,34% | 0,24% | -0,49% |
INCC-DI | 0,39% | 0,52% | 0,58% |
INPC (IBGE) | 0,51% | 0,48% | 0,35% |
IPC (FIPE) | 0,62% | 0,45% | 0,27% |
IPC (FGV) | 0,44% | 0,52% | 0,34% |
IPCA (IBGE) | 0,56% | 0,43% | 0,26% |
IPCA-E (IBGE) | 0,64% | 0,43% | 0,36% |
IVAR (FGV) | -0,31% | 0,79% | -0,56% |