Uber defende que não possui vínculo trabalhista com motoristas durante audiência do STF
Debates colhem informações de plataformas e entidades que representam os trabalhadores antes de votar ação sobre o tema
Durante audiência pública no Supremo Tribunal Federal (STF), a plataforma Uber defendeu que o modelo de trabalho dos motoristas do aplicativo é incompatível com o vínculo de emprego previsto pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Esta terça-feira (10) foi o último dia da audiência convocada para debater a controvérsia sobre o vínculo entre motoristas de aplicativos e as plataformas digitais.
A empresa se vale do argumento de que é uma plataforma de tecnologia que ajuda motoristas gerarem renda. Segundo a representante da plataforma, Caroline Arioli, 5 milhões de brasileiros receberam cerca de R$ 140 bilhões de renda ao longo de dez anos, período no qual a plataforma está no país.
"A liberdade de escolher onde e quando se ativar na plataforma. Uma liberdade que é incompatível com as obrigações de um vínculo de emprego, como previsto hoje na CLT", afirmou.
Caroline também disse que a empresa já assumiu o compromisso de maior proteção social aos trabalhadores. "Nós acreditamos no aperfeiçoamento da regulamentação para garantir a proteção previdenciária e a proteção social aos motoristas e que viabilize a livre iniciativa e o valor social do trabalho", completou.
Processo
O debate foi convocado pelo ministro Edson Fachin, relator do processo sobre o assunto no STF protocolado pela Uber — para rever as decisões do Tribunal Superior do Trabalho (TST) —, que deve ser julgado somente em 2025, por causa do recesso de fim de ano.
O objetivo da audiência é colher informações das plataformas e entidades que representam os trabalhadores que balizem seu voto sobre a "uberização" das relações de trabalho.
Na sessão desta segunda (9), representantes dos sindicatos de motoristas de aplicativo afirmaram que as plataformas se isentam das responsabilidades trabalhistas e o vínculo entre os dois é de contrato de trabalho por tempo indeterminado.
Apesar das decisões da Justiça Trabalhista a favor dos trabalhadores, o Supremo já teve decisões contrárias, como em dezembro do ano passado quando a Primeira Turma entendeu que não há vínculo dos motoristas com as plataformas. O mesmo entendimento já foi tomado pelo plenário em decisões válidas para casos concretos.
Links Úteis
Indicadores diários
| Compra | Venda | |
|---|---|---|
| Dólar Americano/Real Brasileiro | 5.3654 | 5.3684 |
| Euro/Real Brasileiro | 6.16903 | 6.18429 |
| Atualizado em: 03/11/2025 12:31 | ||
Indicadores de inflação
| 08/2025 | 09/2025 | 10/2025 | |
|---|---|---|---|
| IGP-DI | 0,20% | 0,36% | |
| IGP-M | 0,36% | 0,42% | -0,36% |
| INCC-DI | 0,52% | 0,17% | |
| INPC (IBGE) | -0,21% | 0,52% | |
| IPC (FIPE) | 0,04% | 0,65% | |
| IPC (FGV) | -0,44% | 0,65% | |
| IPCA (IBGE) | -0,11% | 0,48% | |
| IPCA-E (IBGE) | -0,14% | 0,48% | |
| IVAR (FGV) | 0,28% | 0,30% |