BC impede subida do dólar

O governo não deseja, pelo menos por enquanto, elevar a banda informal do câmbio, em função de um impacto potencial nas expectativas de inflação e no mercado e juros”

Uma nova intervenção do Banco Central (BC) para conter a alta do dólar, manteve a moeda norte-americana estável ontem. Para especialistas do setor, o governo sinaliza que não deverá modificar a banda cambial que vem adotando informalmente, pela qual permite que a divisa oscile entre um piso de R$ 2,00 e um teto de R$ 2,10. 

Segundo Eduardo Velho, economista-chefe da Planner Investimentos, mesmo frente a um “cenário extremo” — e pouco provável — como a Grécia saindo do euro ou os Estados Unidos deixando de fazer a reforma fiscal, o BC continuará defendendo a política em curso. “O governo não deseja, pelo menos por enquanto, elevar a banda informal do câmbio, em função de um impacto potencial nas expectativas de inflação e no mercado e juros”, diz ele. Por outro lado, ele afirma que o BC não deverá favorecer uma baixa do dólar para segurar a inflação.

Mário Batistel, da corretora Fair, classifica o cenário atual como “confuso”. Na sua avaliação, o BC atua para manter a atual situação do câmbio, enquanto a presidenta Dilma Rousseff sinaliza que desejaria uma desvalorização maior da moeda brasileira, com o objetivo de estimular as exportações. Ele também não acredita que haverá mudanças a curto prazo. 

Da mesma forma, o gerente da XP Investimentos, Caio Sasaky, não vê “mudanças no horizonte”. Segundo ele, a expectativa dos últimos dias era de subida do dólar, mas o BC deixou claro desde a última sexta-feira, quando também atuou no mercado, que vai administrar a taxa de câmbio. A moeda norte-americana teve ontem variação positiva de 0,03%, fechando em R$ 2,0825 para venda. Segundo a BM&FBovespa, o volume negociado foi de US$ 2,251 bilhões.

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