A relevância social de incluir 34 milhões de brasileiros em serviços de crédito
Passada a euforia das comemorações do Dia do Consumidor, com uma semana marcada pela divulgação de diversas ofertas e incentivo às compras, acho relevante jogar luz sobre fato de o Brasil ainda ter 34,5 milhões de pessoas
Passada a euforia das comemorações do Dia do Consumidor, com uma semana marcada pela divulgação de diversas ofertas e incentivo às compras, acho relevante jogar luz sobre fato de o Brasil ainda ter 34,5 milhões de pessoas – o equivalente a 16,7% da população total – sem acesso a nenhum dos principais serviços financeiros, como conta corrente, cartão de crédito, poupança e cheque especial. Quanto menor a renda, mais difícil o acesso a esses serviços. Esse retrato da exclusão financeira ainda presente no país foi obtido a partir dos indicadores de alimentação, transporte, lazer e inclusão financeira da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) divulgada em 2020 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Diante desse cenário, é real a necessidade que as classes mais baixas têm de crédito alternativo para conseguir usufruir das oportunidades geradas em datas especiais do varejo, como a Semana do Consumidor. E fato é: existe um abismo entre as ofertas propagadas e as possibilidades de compra, pois, muito além de poder pagar, está a questão de como pagar.
Com mais de 2 milhões de clientes, distribuídos em 21 estados, o Semear, banco mineiro especializado em crédito para o varejo de eletromóveis, tem como meta atuar para beneficiar justamente uma parcela desses consumidores, inseridos nas classes C, D e E. O grande desafio para atender esse nicho da população é ofertar crédito para todos, com enfoque no uso consciente das soluções financeiras viáveis – ou seja, parcelas que eles conseguem quitar, sem juros exorbitantes, dentro da renda mensal das famílias.
Para isso, contar com sólidas parcerias com varejistas regionais é fundamental e é uma aposta do Semear. É na regionalização que conhecemos de perto as preferências, necessidades e especificidades da população. Nesse contexto, a educação para o consumo e a educação financeira se fazem cada vez mais necessárias e estão no nosso DNA, pois é preciso informação verdadeira e de qualidade para que as pessoas possam realizar seus ‘sonhos de consumo’, como a montagem de uma casa nova ou a compra de eletrodomésticos, desde que com consciência sobre a relação entre a necessidade, o poder de compra e um nível de endividamento que não comprometa sua renda e seu dia a dia.
Em 2021, o Serasa divulgou um levantamento que mostrava a diferença na contratação de crédito no Brasil entre as camadas sociais. A pesquisa indicava que 44% das instituições financeiras negavam empréstimos, financiamentos e outras concessões financeiras para pessoas com renda inferior a cinco salários mínimos. Além disso, 28% dos cidadãos que solicitaram o empréstimo não chegaram a ter uma resposta da instituição financeira, mais uma evidência de que as pessoas de baixa renda encontram dificuldade para ter acesso a empréstimos ou financiamentos.
Por aqui, prezamos por relações financeiras mais humanas e transparentes. E para que isso seja uma realidade, ofertamos condições dignas de acesso ao crédito que possibilitem a inclusão e a educação financeira para milhares de brasileiros, criando assim a condição para que possam honrar seus compromissos e poder realizar seus desejos. Só assim é possível desenvolvermos uma sociedade cujo ecossistema financeiro sejade fato sustentável.
*Roberto Azevedo é CEO do Banco Semear
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